No mundo dos negócios, o conceito em voga e que está ditando as principais tomadas de decisões é o do Big Data. As empresas hoje visam adquirir vantagens competitivas em relação à concorrência, e buscam na implantação do Big Data uma das melhores formas de fazê-lo. No entanto, apesar de os empresários terem a noção da importância do Big Data, ainda há uma confusão e indefinição a seu respeito e como aplicá-lo de forma eficaz.
Compreende-se Big Data como um volume de informações obtidos de leituras de bancos de dados usualmente complicados ou mesmo impossíveis de se processar em escalas convencionais. O conceito surgiu por uma necessidade de classificar o fluxo crescente de dados na era da digitalização da informação. O objetivo de um profissional do Big Data é facilitar o processamento desses elementos e realizar a leitura deles no intuito de convertê-los em uma maneira prática que possa facilitar tomadas de decisões e, consequentemente, otimizar o processo de produção e o resultado das empresas.
Uma das formas mais comuns de utilização do Big Data é, por exemplo, a análise comportamental dos clientes de uma empresa. Tendo acesso ao perfil digital do indivíduo, isto é, à forma como ele atua na internet, o cientista de dados irá fazer uma análise a respeito de como os sites que ele navega, as postagens que ele curte e compartilha podem ser revertidas em rentabilidade para a empresa.
A Netflix é uma das empresas que mais conseguiu se adaptar a esse segmento, uma vez que sua metodologia é toda projetada no intuito de ler as preferências do usuário e, assim, oferecer conteúdo que o próprio estaria propenso a gostar. Apesar de ser um processo totalmente automatizado através dos códigos do aplicativo, houve uma compreensão humana que delimitou a forma como esses códigos leriam a informação gerada pelo usuário. Em outro exemplo, um dos serviços oferecidos pelo Facebook é justamente a venda de informações obtidas a partir do comportamento dos próprios usuários para as empresas que irão convertê-las em melhores estratégias tanto de comunicação e mercado.
A ideia é que haja uma interação cada vez mais próxima do usuário para com a marca no intuito de criar uma fidelização do cliente em um ambiente pós-moderno de consumo onde se valoriza a personalização do serviço oferecido, tal qual a Netflix faz na sugestão de séries e filmes, visto que o sistema irá indicar diferentes conteúdos em diferentes perfis.
Dito isso, o que se espera de um bom profissional de análise de dados hoje é compreensão plural, não só dos números, mas também de fatores que envolvem o sistema econômico prevalecente na relação da marca para qual ele trabalha; os conhecimentos técnico-científicos atualizados que exigem a compreensão dos potenciais e dos limites tecnológicos do processamento dos dados; os diversos perfis psicológicos do usuário ou cliente da marca, visto que é necessário conhecer padrões de comportamento humano e analisá-los de forma objetiva e estatística; e as visões de negócios no intuito de intercruzar todas estas capacidades e aplicá-las individualmente caso a caso. Assim, o profissional que consegue dominar todas essas competências consegue se colocar numa posição privilegiada dentro de mercados cujas previsões são de que irão se tornar cada vez mais dependentes da leitura de dados para se manterem em crescimento.